Algumas pessoas às vezes ficam se perguntando o que leva mais de 30 homens a se meterem no meio do mato, passar fome, ficar atolado na lama, quebrar seu carro, fazer força o dia inteiro para desatolar outros carros, só sair de madrugada, e mesmo assim se sentir realizado, com vontade de voltar no dia seguinte. Nome pra isso deve ter bastante: paixão, vício, adrenalina, gosto pela aventura, dentre outros. Já fomos chamados até de filhos de uma égua. Esse cenário todo se dá na vida de um jipeiro. Eu sou mais um louco por essa brincadeira.
Na cidade de São Luís existem formalmente três grupos: o Jipe Clube de São Luís, o Bicho do Mato e a Tribo 19. Existem outros, mas não sei seus nomes. O meu carro, uma L-200, é mais apropriada para expedições e trilhas leves, por isso vou de carona, por enquanto, nas trilhas mais pesadas (brevemente eu chego lá, com meu próprio jipe).
A última ”brincadeira” foi no dia 28/05/2011, em São Benedito do Rio Preto (MA), promovido pelo grupo Bicho do Mato, com a participação de mais de 20 carros e muita gente. A cidade fica a 238 Km da capital, saindo pela BR-135, pegando a BR-222, entrando 32km depois da cidade de Vargem Grande. São Benedito do Rio Preto conta com poucas, porém boas pousadas. Infelizmente não houve tempo para conhecer melhor a cidade. Fica pra próxima.
Ao sairmos da trilha, no povoado Tibiriçá, havia uma festa armada com música e muita comida. Parabéns ao Grupo Bicho do Mato. A trilha foi um sucesso.
À caráter, na concentração, no posto da cidade
20 km de asfalto da cidade até a entrada da trilha
Parada para formar o comboio antes de entrar na trilha
Finalmente a trilha
A trilha sendo engolida pela mata
Passamos por muita água
E muita lama
Vício que passa de pai para filho. Na trilha não precisa de carteira de habilitação, só prudência e bom senso
Nem todos conseguem passar
Aí o que vale é a força e a solidariedade
Às vezes acontecem uns deslizes
Quando não dá pra consertar na hora, volta-se no dia seguinte para o resgate
Até os carros mais potentes, se o motorista bobear, fica. Eu estava de carona nesse aí
Comida improvisada nesta barra de ferro: farofa de carne enlatada – foi o que nos sustentou até a noite
O atoleiro era tão grande que nem mesmo o trator 4x4 conseguiu tirar o carro. Fizemos muita força e formamos um trenzinho com os jipes Willis (um puxando o outro) para retirar o carro atolado
Alguém falou que seria fácil?
Sendo uma trilha pesada, o aconselhável é entrar somente de jipe com pneus apropriados para lama. Uns doidos entraram com algumas caminhonetes Frontier sem pneus adequados. Quando a primeira atolou, os outros resolveram voltar. Esta só completou a trilha por causa do lema do jipeiro: “não fica ninguém na trilha”, e nosso amigo Gabiru ter assumido a direção da mesma. Por causa disso, um pequeno grupo saiu da trilha somente às 2 horas da madrugada
Trilhas fantasticas.Um aexcelente trilha é para São João do Caru no periodo de chuvas.
ResponderExcluirAdrenalina na veia e pulsos de aço.
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